sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

The forbidden fruit tastes the sweetest



"And so the lion fell in love with the lamb...", he murmured. I looked away, hiding my eyes as I thrilled to the word. "What a stupid lamb", I sighed. "What a sick, masochistic lion".

domingo, 14 de dezembro de 2008

À espera da verdade




O movimento pesado pra saudar o ócio
vivo na constância, quem sabe um bom negócio
A visão de quem escreve
A percepção de quem lê
Se a vida fosse simples, por que desenvolver?
Se uma chance aparecer
a vida lhe escolher
e você, o que fazer?
É ficar ou correr

O pensamento guiado
a mão direcionada
um foco unido e um dia fudido
o corpo trabalha, o coração sente
a realidade latente de um ser ausente
A felicidade prolongada e frases descartáveis
A perfeição alterada e padrões recicláveis

Uma amostra para os céticos
a certeza aprimorada
Fé para os crentes
Paixão nos dias quentes
A chuva pra levar
O sol pra trazer
O tempo apagar a suspeita presente

A síntese selecionada à espera de um resumo
pra quem busca no passado a idéia de um futuro

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Eu falo de amor à vida


Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pablo Neruda, pseudônimo de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, nasceu a 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Prêmio Nobel de Literatura em 1971, sua poesia transpira em sua primeira fase o romantismo extremo de Walt Whitman. Depois vieram a experiência surrealista, influência de André Breton, e uma fase curta bastante hermética. Marxista e revolucionário, cantou as angústias da Espanha de 1936 e a condição dos povos latino-americanos e seus movimentos libertários. Diplomata desde cedo, foi cônsul na Espanha de 1934 a 1938 e no México. Desenvolveu intensa vida pública entre 1921 e 1940, tendo escrito entre outras as seguintes obras: "La canción de la fiesta", "Crepusculario", "Veinte poemas de amor y una canción desesperada", "Tentativa del hombre infinito", "Residencia en la tierra" e "Oda a Stalingrado". Indicado à Presidência da República do Chile, em 1969, renuncia à honra em favor de Salvador Allende. Participa da campanha e, eleito Allende, é nomeado embaixador do Chile na França. Outras obras do autor: "Canto General", "Odas elementales", "La uvas y el viento", "Nuevas odas elementales", "Libro tercero de las odas", "Geografía Infructuosa" e "Memorias (Confieso que he vivido — Memorias)". Morreu a 23 de setembro de 1973 em Santiago do Chile, oito dias após a queda do Governo da Unidade Popular e da morte de Salvador Allende.




Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

(Pablo Neruda)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


"I guess when you're young, you just believe there'll be many people with whom you'll connect with. Later in life, you realize it only happens a few times..."


Before Sunset